sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PEQUENA BROCHURA

DAS COMEMORAÇÕES DO CINQUENTENÁRIO
DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL























A MEDALHA

COMEMORATIVA DO CINQUENTENÁRIO

VERSO E FRENTE DA MEDALHA

DISCURSO DO CARLOS COUTO

CARLOS COUTO LENDO O SEU DISCURSO
Em primeiro lugar, vou ler uma mensagem enviada pelo Dr.º Rothes e sua esposa Dr.ª Amélia onde mandam um grande abraço a todos os presentes. Também por motivo de força maior, não puderam estar presente os seguintes professores:
Dr.º Queirós e a Dr.ª Armanda
Escultor Giraldes e a Dr.ª Luísa
Dr. ª Margarida Nunes
Professor Orlando Manso Ventura
Eng.º Melo Vieira
Também quero informar que mais de cinco dezenas de alunos “justificaram” a sua falta…

Caros amigos e amigas
Sem o apoio de todos vós, não seria possível realizar esta grande manifestação de convívio com tantas presenças.
Muito obrigado a todos.
Quero agradecer especialmente aos colegas Fernando Oliveira e António França, que souberam compreender o meu pensamento, e tudo fizeram para agradar às minhas ideias. Agradeço também ao amigo Padre Marílio a sua disponibilidade… pedindo o mesmo desculpa por não estar presente na festa total por compromissos paroquiais. E por fim um grande agradecimento à minha querida esposa pelo apoio e muita paciência em me aturar durante estes meses de preparação.
Caros colegas.
Foi com muito orgulho, que me aventurei nesta comemoração do cinquentenário da nossa Escola Industrial, e não podia deixar de saudar o colega José Pacheco, pois juntos já realizamos 23 encontros anuais, sempre no primeiro sábado de Junho.
Aprendemos com a nossa experiência, mas foi também com o intuito de provar à sociedade que nos rodeia, que afinal fomos uma família de estudantes que sempre nos ajudamos uns aos outros mesmo em situações que nos eram proibidas, não tendo as liberdades que hoje qualquer estudante pode usufruir.
Pela massa humana presente verifico que valeu a pena termos passado pelas cadeiras da Escola Industrial, pois criamos raízes tão profundas de amizade e respeito entre professores, funcionários e alunos, mas ao mesmo tempo afirmo que os ensinamentos dos nossos “Grandes Mestres”, foram para todos nós uma ferramenta muito importante para a via profissional no trabalho que nos esperava na vida civil.
Aliás, somos testemunhas que quando fazíamos os nossos curriculum para procurar emprego, as empresas ao lerem que tínhamos tirado o curso industrial ou comercial na Escola de Penafiel, tinha-mos quase certa a nossa chamada. É só verificar quantos alunos foram trabalhar para a Telecom, EDP, Efacec e para muitas outras empresas ligadas aos nossos cursos.
Mas meus amigos, aprendemos a sermos homens e mulheres capazes de honrar aquilo que nos ensinaram os nossos professores, aos quais ficaremos sempre ligados, porque eles próprios seguiam a nossa vida futura, sempre nos indicando bons caminhos para termos sucesso no mundo do trabalho, e ficavam preocupados com aqueles que porventura não conseguiam ter sucesso desejado, dando sempre bons conselhos como se faz aos grandes amigos. Afirmo mais, como se fossemos seus filhos.
Por isso, em nome dos colegas alunos o nosso muito obrigado, e um bem-haja para sempre do fundo do coração.
Caro colega director, foi com esta massa humana que se construiu o princípio desta grande Escola Secundária, sendo nós os pioneiros, não só no meio estudantil, como na vida fora da mesma.
Nós, ao mesmo tempo ajudamos a crescer esta cidade e outros concelhos vizinhos. Pois com o movimento diário de centenas de estudantes animavamos com muito respeito toda esta região, pois aqui ficou para sempre um pouco de cada um de nós, e quando partiam levavam com saudade os cantos da cidade de Penafiel.
Desejamos que tenha um grande sucesso, pois pelo que já conhecemos das suas qualidades, penso que honrará os ensinamentos dos seus mestres, desejando em nome dos presentes muita sorte no cargo que hoje ocupa, pois não é todos os dias que temos um colega aluno hoje director da mesma escola.
Aproveitando esta ocasião, lanço um desafio ao colega Victor Leite para nos arranjar um cantinho nem que seja uma vitrina em vidro, para lá serem colocadas as nossas recordações que ficarão para sempre na história deste estabelecimento de ensino.
Por último quero agradecer à imprensa escrita e falada que divulgaram este nosso cinquentenário, o nosso agradecimento público, e a todos vós pela vossa presença, muito e muito obrigado… disse.
Carlos Couto
8 de Outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DISCURSO DO PROFESSOR JOSÉ LUÍS

Na Sessão Solene das Comemorações do Cinquentenário da
Escola Industrial de Penafiel
JOSÉ LUÍS NA MESA DE HONRA NA SESSÃO SOLENE

JOSÉ LUÍS USANDO DA PALAVRA

Que óptimo aproveitar esta oportunidade para em meia-dúzia de palavras testemunhar e agradecer os maravilhosos dez anos vividos em Penafiel.

De facto, posso rotular a década de 60 a 70 do século passado, como um tempo feliz e proveitoso da minha vida. Digo proveitoso, porque foi tempo de ensinar, mas também de aprender.

Pelo ano de 61 soltei-me do aconchego familiar e iniciei a vida de professor, deixando para trás o tempo escolar e oito anos de desenho naval.

Casei e fui pai de uma menina nascida em Penafiel.

E afinal, mesmo sem ter comido pão do pego ou bebido água da fonte do carvalho, afeiçoei-me a esta cidade até aos dias de hoje.

Por motivos imperiosos e profissionais deixei Penafiel no ano de 1971.

Com um cenário feito de horizontes vastos, Penafiel já era por esta época uma região fértil de valores culturais.

Por aqui, também o Homem foi humanizando ao longo dos séculos, pondo em permanente e evolutivo funcionamento o poder criador da sua inteligência e a habilidade natural das suas mãos.

De facto, jamais o Homem desligou o pensamento do movimento. E o Homem de Penafiel não fugiu à regra.

Segundo um estudo de Ângelo Pimentel soube construir desde a Pré-História à História do nosso tempo a chamada «Civilização de Granito» e deixar aos vindouros um Património Natural e Cultural prestigiado e invejável.

Já por meados do Século passado, Penafiel movia-se numa complexidade de actividades culturais riquíssimas e que eu, de muitas, realço as seguintes:
- Escavações arqueológicas.
- O lançamento do Boletim Penafidel.
- A acção dinamizadora da Comissão Municipal de Cultura.
- Publicação da Vida e Obra de inúmeras figuras penafidelenses.
- Publicação do Guia Turismo da Cidade e Concelho.
- O dinamismo da Biblioteca e Museu.
- Concurso das quadras populares sobre a Feira de S. Martinho e a realização desta.
- A Feira de S. Bartolomeu.
- Todo o esplendor da Festa do Corpo de Deus, com a dança dos Ferreiros e o Auto dos Turcos.
- A existência e a força interventiva do Jornal “Notícias de Penafiel”.
- A realização da 1.ª Exposição de Artesanato.
- E do 1.º Festival de Folclore.

É muito bom sabermos, que hoje, esta cidade para além de continuar a preservar e estimar o seu Património, tem realizado grandes actividades evocando grandes nomes da vida cultural Portuguesa. Refiro-me às Escritarias.

Há cinquenta anos, autoridades locais e um povo anónimo, em perfeita simbiose, souberam fecundar e criar a Escola Industrial de Penafiel.

“O Homem juntou-se ao Homem para enfrentar o Tempo”.

Eu tive a honra de ver nascer e crescer esta Escola e embora na altura, não conhecendo bem esta cidade, depressa me apercebi que este nascimento alterava, positivamente, a vida em Penafiel e em todo o Concelho.

Logo pela manhã chegavam dezenas de alunos, uns vindo de longe, e na época (o vir de longe) significava viajarem desde as terras de Lousada, de Freamunde, de Paredes, do Marco de Canaveses, da Lixa, de Amarante e até de Felgueiras.

(O vir de longe) significava ainda para outros, fazerem caminhadas diárias de quase 30 Km, como saírem de Rio de Moinhos ou de Valpedre pela madrugada e chegarem a casa ao fim da tarde.

E a vida em Penafiel entrava em saudável ebulição. Alguns alunos chegavam à Escola em carreiras criadas de propósito, outros, era vê-los alcançarem a parte alta da cidade e, como autênticos peregrinos, atravessarem o verde romântico do Parque do Sameiro. Ainda, outros, os mais felizardos, chegavam à Escola em carros de família.

A Escola, que funcionava na Velha Casa e Quinta do Santuário era quase uma fronteira a dividir o espaço urbano da vida rural.

Deixem-me dizer: Foi um tempo bonito este, de um Outono perfeito e diferente, capaz de inspirar poetas e pintores. Sobretudo, foi um tempo de crescimento, o aluno foi sempre e, naturalmente, colocado no centro das atenções.

Por ele, e à volta dele, a Escola foi-se apetrechando e aperfeiçoando.

O professorado foi-se abrindo à Comunidade, participando na vida sócio-cultural local.
Ensinava-se, nunca dissociando a Educação da Instrução.

Viveu-se a experiência de uma óptima relação entre pais, professores e alunos.

Descobri à dias, via Internet, que alguém escreveu isto de mim: “O Mestre José Luís cultivou a amizade entre as pessoas”. Pois, meus amigos, esta é uma verdade que eu aceito sem qualquer ponta de cerimónia. Mas!... sou eu afinal quem tem de agradecer  a muita hospitalidade e amizade desta boa gente de Penafiel.

Nunca esquecerei a simpatia que muitas famílias de alunos me dedicavam, assim como, a amizade e o convívio da tertúlia de amigos de Café e que eu, em tom de brincadeira e em jeito de ficção, comparava a uma autêntica Confraria Gastronómica.

A todos os elementos, que hoje fazem parte activa da Escola, votos de um excelente futuro e muitos parabéns.

Ao seu timoneiro, Dr. Victor Alexandrino, o desejo sincero de uma Escola, que para além de estrutura, seja também local de cultura e onde as gerações dêem as mãos no sonho e no trabalho.

Uma Escola que abra os seus tesouros em missão de humanizar a vida no planeta.

Aos ex- alunos e seus encarregados de educação, aos professores e funcionários que abriram e fizeram esta Escola crescer e amadurecer, um grande e saudosa abraço.

José Luís
8 de Outubro de 2011
FOTA NA CAPA DO JORNAL DE 20 DE OUTUBRO DE 2011
NOTÍCIA NA PÁGINA 7

O Cinquentenário é referente à Escola Industrial de Penafiel, pois o Curso Geral do Comércio só teve início em 1969. Nesse ano de 1969, a escola toma a designação de Escola Industrial e Comercial de Penafiel, pelo que, o seu cinquentenário como Escola Industrial e Comercial de Penafiel, só terá lugar no mês de Outubro de 2019.

JORNAL IMEDIATO


IMEDIATO DO DIA 14 DE OUTUBRO DE 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

A NOTÍCIA IMPERFEITA


In jornal "Notícias de Penafiel" de 14 de Outubro de 2011

Depois do correspondente do JN ter afirmado no seu artigo publicado no dia 7 de Outubro de 2011, com o título "Escola Industrial faz 50 anos", que deste estabelecimento de ensino saíram alguns chapeiros, arte que nunca lá foi ensinada, eis agora a vez do Notícias de Penafiel, também ele a "meter o pé na poça", publicando uma notícia imperfeita no dia 14 de Outubro de 2011, sobre o cinquentenário da Escola Industrial de Penafiel.

Começa por dizer que a Escola se existisse teria feito 50 anos, para no parágrafo seguinte vir dizer que a Escola recebeu os seus primeiros alunos em 1960.

Ó meus amigos, estando nós no ano de 2011 e subtraindo 50 anos, facilmente se chega à conclusão, que os primeiros alunos só entraram em 1961.

´Mais à frente, afirma que mais de duas dezenas de pessoas, entre alunos, professores e funcionários começaram o dia com uma missa na igreja da Misericórdia pelas 10 h.

Será que não foram cerca de duas centenas em vez de dezenas?

Quem esteve presente sabe que sim, mas quem se (des)informa pela notícia, fica com a sensação que esta comemoração do cinquentenário da Escola Industrial de Penafiel, foi um verdadeiro fracasso.

Inteligente, não é aquele que nunca erra, porque esse não existe, mas sim aquele que corrige o mais rapidamente os seus erros.

Aguardemos pela resposta, para depois qualificarmos o autor da notícia.

Fernando José de Oliveira

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FESTA DO CINQUENTENÁRIO

DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL

Sábado, 8 de Outubro de 2011, muitos antigos alunos da Escola Industrial e Comercial de Penafiel, rumaram de vários pontos do país ao Largo Padre Américo na cidade de Penafiel, para participarem nas Comemorações do Cinquentenário da Escola Industrial de Penafiel.
Consoante iam chegando, eram trocados abraços e memórias de tempos passados iam sendo narradas, como um desfilar de histórias. Muitos já não se viam há 45 anos, ou seja, desde que deixaram a escola e partiram à vida e porque não dizer à guerra, já que esta geração participou na guerra colonial. 

Mas às 10,30h, subiram a escadaria da Igreja da Misericórdia e foram assistir à missa pelos professores, funcionários e alunos que já partiram para os braços do Senhor.

A celebração foi presidida pelo Padre Marílio, que depois de nos contagiar com a sua simpatia e boa disposição, nos deixou como que em forma de lema “ Não acrescentem anos à vida, mas vida aos anos.
O Grupo Coral Polifónico de Penafiel sobre a batuta do maestro Tobias, abrilhantaram a missa com os seus belos cânticos.   

De seguida, os antigos alunos dirigiram-se para a Escola Secundária de Penafiel com o fim de assistirem a uma sessão solene onde usaram da palavra o Sr. Director Dr. Victor Leite (também ele, ex- aluno da Escola Industrial e Comercial de Penafiel), Mestre José Luís (professor de Trabalhos Manuais) e Carlos Couto em nome dos alunos/as da escola técnica.

A condução desta cerimónia esteve a cargo de Ana Maria Sousa.

O primeiro a usar da palavra foi o Dr. Victor Leite, que de improviso elogiou esta geração que deixou a sua marca na sociedade tanto a nível laboral, empreendedora, como em participação cívica na sociedade. 

De seguida falou o Professor José Luís, que rotulou os 10anos vividos em Penafiel, como um tempo feliz e proveitoso da sua vida. Ele que viu nascer e crescer esta Escola, e da alteração positiva que a mesma trouxe para a vida em Penafiel, e em todo o concelho, assim como nos concelhos vizinhos de Paredes, Amarante, Felgueiras, Lousada, Marco de Canavezes, Amarante e Paços de Ferreira.

Por fim usou da palavra Carlos Couto, que começou a sua intervenção lendo uma mensagem enviada pelo Dr. Rothes e esposa Dr.ª Amélia endereçando um abraço a todos. Durante a sua intervenção, lançou um repto ao Dr. Victor Leite (Director da Escola Secundária de Penafiel), para arranjar um pequeno espaço na escola como seja um armário vidrado onde fosse possível guardar como memória do passado um pequeno espólio oferecido pelos antigos alunos da Escola Industrial de Penafiel, para os actuais alunos e vindouros verem e terem uma noção do que se ensinava e aprendia na escola do antigamente.




Dando seguimento ao programa, foi aberta uma pequena exposição onde se podiam ver: peças executadas pelos antigos alunos da Escola Industrial de Penafiel, nas oficinas de serralharia; desenhos; panos bordados por alunas da Escola Industrial de Penafiel; livros escolares de várias disciplinas; testes e pontos feitos pelos alunos; fotos da época; cartazes dos bailes de finalistas e até um castigo dado a Bem da Nação.



Neste átrio onde decorreu a exposição, foi descerrada uma placa pelo engenheiro Presa, que ficará para a posteridade na Escola Secundária de Penafiel, a assinalar este Cinquentenário.

Seguidamente, tivemos uma visita guiada à Escola Secundária de Penafiel, que culminou com um Porto de honra acompanhado de bolinhos de amor, oferecido pelo Dr. Victor Leite.
Na escadaria de pedra situada na frente ao Santuário da Nossa Senhora da Piedade, foi tirado o retrato de família para mais tarde recordarmos.

Já com o adiantar da hora, encaminhamo-nos para o Restaurante Penafidelis, onde foi servido um belo banquete.

Antesde ser servida a sobremesa, foi distribuída uma pequena brochura, com uma breve cronologia da Escola Industrial de Penafiel, assim como uma medalha comemorativa desta efeméride.
Depois de todos estarem bem-dispostos, deu-se início à animação cultural.

Na abertura desta animação, foi lido um poema por Rosalina Pereira, intitulado “Foi Ontem”, escrito pelo Prata de Melo, assim como foi cantada uma versão do fado “Amores de Estudantes” do mesmo autor.


Foi  ontem
e já lá vão cinquenta anos
mas não deixa de ser ontem
que muitos de nós passamos
pela velhinha Escola Industrial
porque ontem é já ali no tempo
e o tempo não tem limite de tempo
o tempo é intemporal
De resto que mudou desde então?
Ela, a escola continua no mesmíssimo local
De cara lavada?!
Sim, de facto mudaram-lhe o visual.
Mais bonita?
Quiçá mais atraente
Mas também nós mudamos o visual
no que toca à cor do cabelo, especialmente
e haja quem diga que nos fica mal
o nosso charme é, do contrário, prova mais que evidente!
De resto, que mais mudou?
As árvores do Sameiro são as mesmas
Que nos brindavam ontem generosamente
Com o seu perfume matinal,
as mesmas que nos emprestavam a sombra
sob a qual improvisávamos as cábulas
para que o próximo ponto corresse menos mal.
E o zimbório do Santuário do Sameiro
na sua fiel missão de sentinela da cidade
não continua garbosamente ereto no mesmo pedestal?
Até o Cavalum, para onde sorrateiros
Dava-mos as nossas escapadelas
nas calcinantes tardes de verão
continua serpenteando, ora lânguido ora  veloz
por entre os mesmos choupos e amieiros
inexoravelmente a caminho da sua foz.

Foi ontem que tudo começou
hoje é já o nosso cinquentenário
quantos engenheiros, doutores e arquitectos
passaram pela escola industrial
muitos deles são nossos filhos
muitos dos que agora a frequentam
são já nossos netos
a quem caberá, e é já amanhã
festejar o primeiro centenário
o ontem e o hoje afinal
passam num instante
por isso qualquer de nós
quer ficar sempre estudante      

Prata de Melo    08/10/2011




Amores de Estudante

Quero, ficar sempre estudante,
P’ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado
Baixinho dentro de mim.

Fomos um dia estudantes,
Outros foram professores,
Da velha escola industrial.
Cinquenta anos depois
Recordamos com ternura
Aquele tempo especial

Uns eram adolescentes,
Outros jovens professores,
Mas todos em comunhão
Vivemos tempos felizes
Que guardamos até hoje
No fundo do coração.

Quero, ficar sempre estudante,
P’ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado
Baixinho dentro de mim.

Rapazes e raparigas
Não podiam namorar,
Era o regime de então.
Mesmo assim às escondidas
Davam beijos que podiam custar
Três dias de suspensão.



Mas nem isso obstou
E entretanto chegou
A revolução dos cravos
E hoje vemos aqui
Ex-alunos e ex-alunas
Felizmente bem casados.

Quero, ficar sempre estudante,
P’ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado
Baixinho dentro de mim.

Alguns de nós já partiram,
Professores e alunos,
Em busca da eternidade.
Hoje estão aqui connosco
Porque os recordamos sempre
Com carinho e com saudade.

Aos professores presentes
Bem como aos que estão ausentes
O nosso muito obrigado.
Sem os seus ensinamentos
Não havia estes momentos
De poesia e de fado.

Quero, ficar sempre estudante,
P’ra eternizar
A ilusão de um instante.
E sendo assim,
O meu sonho de Amor
Será sempre rezado
Baixinho dentro de mim.

Prata de Melo    08/10/2011



Dando continuação, Carlos Couto, Ana Maria Sousa, Ana Castro, António Coelho, José Alves, Henrique Sousa e Lurdes de Sousa, (en)cantaram mostrando os seus dotes vocais, sendo acompanhados pelos exímios tocadores José Emílio, Henrique Sousa e Carlos Couto. Esta parte musical, terminou com Henrique Sousa cantando uma versão feita por si da canção SHE de Elvis Costello, dedicado a todos com um grande abraço.
ABRAÇO (50º aniversário da E.I.P.- 8 Outubro 2011)

XI, A TODOS QUANTOS AQUI ESTÃO
DADO COM TANTA, EMOÇÃO
DESPERTARÁ TUDO DE BOM, QUE HÁ EM TI
XI, É A EXPRESSÃO DAQULE ABRAÇO
É COMO ROSAS, DUM REGAÇO
É COMO VENCER O CANSAÇO
É A EMOÇÃO DE ESTAR, AQUI

XI, DE TODOS PARA, TODOS NÓS
VAMOS ERGER, A NOSSA VOZ
VAMOS BRINDAR, BEM ALTO NESTA, CELEBRAÇÃO
XI, DE CADA UM, É O SENTIMENTO
VIVIDO AQUI, NESTE MOMENTO
É COMO BANDEIRAS AO VENTO
É O ESCUTAR ESTA, CANÇÃO

XI, A QUE NINGUÉM É INDIFERENTE
C´O´AFAGO DE TODA ESTA GENTE
E DO CALOR QUE HOJE, FAZ AQUI
XI, DADO COM TANTA, TANTA EMOÇÃO
QUE ISALTA EM TI, TUDO O QUE HÁ DE BOM
JAMAIS SE ESQUECE ESSE, XI

XI, DADO AGORA À DESPEDIDA
PARA LEMBRAR, POR TODA A VIDA
A QUEM DEDICO ESTA CANÇÃO, A TODOS VÓS
XI, P´RA RECORDAR DORAVANTE
A ALEGRIA DESTE INSTANTE
CADA MOMENTO QUE VIVI
E A MEMÓRIA DESTE, XI, XIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, XI.



O som, o canto e por fim a dança, apareceram numa perfeita harmonia.




Uma pausa para se cantar os parabéns e abrir o Bolo do Cinquentenário, tarefa que esteve a cargo do Mestre José Luís e da nossa professora de Canto Coral Alice Cruz.


A noite preparava-se para cair, e os de mais longe zarparam mais cedo para os seus lares.

Os de perto, prolongaram a festa até às tantas.

Resumindo e concluindo,
                                  FOI BONITA A FESTA, PÁ!....