terça-feira, 10 de abril de 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A NOSSA ESCOLA TEM HISTÓRIA


A NOSSA ESCOLA TEM HISTÓRIA



O ensino em Penafiel tem uma longa tradição. Já no século XVIII, se falava na “capela dos estudantes”, que era a capela de S. Mamede, situada no local onde hoje se encontra(va) o Cine-Teatro S. Martinho. Para existir uma “capela dos estudantes”, haveria necessariamente no burgo quem ensinasse e quem aprendesse!


Com a criação da Diocese de Penafiel, em 1770, passou a funcionar na jovem cidade ensino superior, de pendor predominantemente eclesiástico. As célebres cadeiras de Retórica, Latim, Lógica..., que eram ministradas em todas as sedes de diocese.


Podemos, assim, concluir que Arrifana de Sousa, e mais tarde Penafiel, foi um importante pólo educativo.



Em meados do século XIX, foi fundado na rua do Carmo um colégio, que mais tarde se fixou na Rua do Paço, que durante quase um século foi dos mais importantes a nível de todo o país. Era o famoso “Colégio do Carmo”, por onde passaram, como alunos, vultos como Leonardo Coimbra, Padre Américo, D. António Barbosa Leão, etc..

Com a generalização (ou massificação, se quiserem…) do ensino secundário público, iniciada na fase final de Estado Novo, Penafiel continua a ser o principal centro escolar do Vale do Sousa e parte do Tâmega.

Depois de uma longa batalha de “sensibilização”, que foi insistentemente conduzida nos media pelo saudoso jornalista e fotógrafo António Guimarães, foi criada em 1960 a Escola Industrial de Penafiel, oficializada pelo Decreto-Lei n.º 43401, de 15 de Dezembro de 1960.



Era necessário um edifício que pudesse albergar esta primeira escola de ensino público secundário em Penafiel. A escolha veio a recair no prédio onde funcionava, já em fase decadente, uma instituição localmente conhecida por “Internato”. Situava-se, já na freguesia de Melhundos, num prédio oferecido no princípio do século pelo Dr. Alves Magalhães. Havia um problema: por vontade do fundador, esta “escola” estava destinada à “educação de meninas em regime de internato”. Como a Escola a instalar iria acolher raparigas… e rapazes, considerou-se que a vontade do fundador não só era respeitada como até alargada.

Assim começa a funcionar, já lá vão quase quarenta anos, a escola sempre conhecida por “Técnica”, aproximadamente no local onde hoje se encontra a Escola Secundária de Penafiel N.º1.




Esta instituição passará em 1969/1970 a designar-se oficialmente como “Escola Industrial e Comercial de Penafiel”, mais tarde como “Escola Técnica de Penafiel” e finalmente o Decreto-Lei n.º 80/78 ”converte-a” em Escola Secundária.

Em 1968/69, começa a funcionar, no edifício do antigo Colégio de Nossa Senhora do Carmo, o ensino liceal oficial. Em Outubro de 1968, nasce a “Secção do Liceu Alexandre Herculano em Penafiel”. Posteriormente, ganhará autonomia, passando a designar-se “Liceu Nacional de Penafiel”. O já citado Decreto-Lei n.º 80/78de 27 de Abril altera-lhe a designação para Escola Secundário.

A situação mantém-se até 29 de Setembro de 1978. Pela Portaria 599/78, estas duas escolas são extintas. Como diz o seu número sete, “O antigo Liceu de Penafiel e a antiga Escola Técnica de Penafiel, transformados em escola secundária por força do Decreto-Lei n.º 80/78, de 27 de Abril, são extintos com efeitos a partir de 1 de Outubro”.

É por força do número oito da mesma Portaria, “criada, com efeitos a partir de 1 de Outubro de 1978, a Escola Secundária de Penafiel”.

É esta a tua Escola!

Fernando F. Gomes

In jornal “Olho Vivo” da Escola Secundária de Penafiel N.º1 / Dezembro de 1998