sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O PROFESSOR PRESIDENTE



O PROFESSOR PRESIDENTE

Foto do facebook.com/pages/Manuel-Pinto-Ferreira-de-Sousa

No dia 7 de Agosto de 1963, ou seja fez este ano cinquenta anos, que o nosso amigo e professor Dr. Ferreira de Sousa, tomava posse como Presidente da Câmara Municipal de Constância, na presença do Sr. Governador Civil de Santarém.

Vila de Constância

O Dr. Manuel Pinto Ferreira de Sousa, já exercia à data os cargos de Notário e Conservador do Registo Civil, naquela vila situada na confluência do rio Tejo e do Zêzere. 

Era licenciado em Filosofia e também em Direito, pela Universidade de Coimbra.

Já anteriormente tinha exercido a actividade de Professor no Ensino Liceal particular em Lisboa, Porto e Coimbra e a de Professor do Ensino Técnico oficial no Porto e Gondomar.

Como homem ligado à escrita, colaborava na Revista Portuguesa de Filosofia, de Braga, onde publicou em separata um achado histórico alusivo a S. Martinho de Dume Antologista de Séneca, por ocasião do Congresso referente àquele. Nesta altura já publicava artigos vários em diversos jornais.

Sendo natural da freguesia de Guilhufe, concelho de Penafiel, pena foi que nunca tenha tido um cargo desta envergadura na sua terra, mas como diz o ditado popular, “Santos da casa, não fazem milagres”.

Saído de Presidente da Câmara de Constância, regressou novamente ao ensino, agora na Escola Industrial de Penafiel, onde para além de nos transmitir ensinamentos, criou uma relação de amizade com os alunos devido ao seu modo de ser.

Continuou a publicar artigos sobre diversos temas nos jornais locais, e a dar à estampa vários livros em prosa e poesia.

E pronto, ficamos a saber mais um pouco da vida deste Homem, que nos obrigava no início das aulas de francês a cantarmos A Marselhesa, e nos tratava por cavalheiros.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O TEMPO E O MUNDO



O TEMPO E O MUNDO
DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL
NO 8.º CONCURSO PLATEX



Os meus primeiros trabalhos manuais, executados na Escola Industrial de Penafiel, utilizavam os seguintes materiais: cartolina, cola, serrim, giz e tinta de guaches.

Depois passou-se para madeira, chapa, arame e ferro. 

Esta aprendizagem, iniciou-se com o Mestre Zé Luís, Mestre Cravo e o por fim com o Mestre Ferraz.

Mas o que me traz aqui hoje, é sobre um tipo de madeira, que apareceu na década de 60 do século passado, que dava pelo nome de Platex.

O Platex, é um tipo de derivados da madeira. Possui uma face lisa e uma contra face rugosa com uma cor castanho-escura, sendo um material que devido à sua espessura é facilmente moldável permitindo a sua utilização em decoração de interiores, carroçarias, embalagens, portas interiores, mobiliário, carpintaria, marcenaria, construção civil e até há quem o utilize como tela para pinturas.

Lembro-me de se ter feito o molde para a construção do nicho da Nossa Senhora do Viandante neste material, já que o mesmo se adaptava àquela curvatura sem partir.


Mas, já depois de eu ter deixado a Escola Industrial, os colegas que lá continuaram, sob a orientação dos mestres, executaram um trabalho que o baptizaram de “O Tempo e o Mundo”.

Não faço a mínima ideia do que seja o tal trabalho, mas apelo a todos aqueles que o conceberam o descrevam, e ainda melhor se tiveram alguma foto que a forneçam para ilustrar este texto, pois todos ficaríamos a saber, do que é que se trata.

Então com tanta coisa que se fez nesta escola, o que terá de especial este trabalho?

Eu passo a explicar:

Decorria o ano de 1968, e a Platex promoveu o 8.º Concurso para todas as Escolas Técnicas do País, apresentarem trabalhos.
A Escola Industrial de Penafiel, lá compareceu à chamada, e classificou-se em segundo lugar, com “O Tempo e o Mundo”.
A única prova que possuo para atestar o que atrás foi dito, é este recorte de jornal, do Notícias de Penafiel, de 12 de Julho de 1968.




No passado dia 22 de Junho realizou-se em Coimbra o 8.º Concurso “Platex” entre os trabalhos apresentados pelas Escolas Técnicas do País.
É de salientar a óptima classificação da Escola Industrial de Penafiel que, apresentando o Trabalho “O Tempo e o Mundo” conseguiu um honroso segundo lugar na classificação da classe A. Parabéns à organização e à Escola Industrial de Penafiel.

Afinal de contas, penso que nos enche a todos de satisfação, especialmente aos que passaram por este estabelecimento de ensino, e excepcionalmente aos seus obreiros.

Pela minha parte, que desconhecia tal façanha, resta-me com muitos anos de atraso, endereçar os parabéns, a todos que contribuíram para este prémio.

Agora, faça você o mesmo…

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O MESTRE E A POESIA



CALVÁRIO 

Poeta e mestre José Luís
Agora que temos um Papa Francisco, mais virado para o povo, talvez o Calvário do poema do nosso amigo mestre José Luís, publicado no jornal Notícias de Penafiel em 1978, seja ouvido por quem pode fazer algo para acabar com a fome neste rectângulo de chão, a que chamamos Portugal.


CALVÁRIO

Sozinho estás Senhor,
Crucificado
Na solidão do Alto do Calvário
E no silêncio da igreja deserta.
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Crucificaram-te Senhor!
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O sangue correu na Tua Cruz
E fluiu-se pelo mundo inteiro,
E nesse mundo, a multidão se agita
Se conturba
Se desorienta
Se desvaira.
Rostos ensanguentados
Na linha das fronteiras,
A guerra, o ódio, o crime,
Os corpos destroçados
Na lama das trincheiras.
O mundo é ruído,
O caos, as armas,
A imprensa, a crítica,
A sede, a fome, 
A grande política.

.... .... .... .... .... .... .... .... .... ....
 
Crucificaram-te Senhor!
.... .... .... .... .... .... .... .... .... .... 

José Luís

Aqui podemos rever dois nossos professores:

O José Luís pelo poema, e o Negrão pelo linóleo do desenho do Cristo.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

X X V .º CONVÍVIO



X X V .º CONVÍVIO

DOS ALUNOS DA 

ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE PENAFIEL

Fotos de: VALDEMAR COSTA

No passado sábado (1 de Junho de 2013), os antigos alunos e alunas da Escola Industrial e Comercial de Penafiel, levaram a efeito o seu XXV convívio. 

Depois da recepção, da fotografia de família na escadaria do Sameiro, lá se dirigiram para o Pena Hotel, onde foi servido o almoço.

Em todos os rostos era patente a boa disposição.



A música, a dança, os brindes à amizade e a satisfação dos organizadores Carlos Couto e Pacheco, por mais este desafio ganho, pois todos sabemos que estas coisas dão muito trabalho.


Rebobinando a cassete do tempo 50 anos atrás, no interior das paredes da nossa velhinha escola, os primeiros alunos e alunas, prestaram provas até ao dia 7 de Agosto de 1963, para concluírem o Ciclo Preparatório.
Para registo, aqui fica um pequeno apontamento da época.


Quanto aos convívios, para o ano há mais, e um ano passa num estante, só espero que entretanto traga coisas melhores para todos, do que o ano que findou.