sábado, 11 de junho de 2011

O PROBLEMA DOS TRANSPORTES

ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL
O PROBLEMA DOS TRANSPORTES

Há freguesias do concelho de Penafiel que distam 15Kms. da cidade; outras localidades que distam 20 e mais Klms, e concerteza que de todos esses locais virão alunos.

Felizmente que todas as freguesias do concelho e as localidades circunvizinhas estão ligadas por excelentes estradas a esta cidade e isso equivale a dizer que há possibilidades de se conseguir meios de transporte.

Os industriais de camionagem que exploram as concessões nesta área deviam tentar uma revisão de horários, de maneira a servir os pequenos estudantes e principalmente os pais.

Bem sabemos as demoras destas modificações na respectiva repartição e, daí, termos sugerido este assunto com evidente antecedência.

Poder-se-á fazer qualquer coisa?

A resposta pertence aos senhores industriais de camionagem, mas parece-nos que essa mudança de horários lhes traz vantagens.

In Jornal “Notícias de Penafiel” de 21 de Julho de 1961


OS INDUSTRIAIS DE CAMIONAGEM
RESPONDERAM AO NOSSO APELO

A campanha aqui levantada, quanto aos transportes colectivos, de molde a servir, de forma conveniente, os alunos da Escola Industrial está já em marcha – uma Empresa acaba de requerer autorização para a carreira: Penafiel – Lagoas – Ribas – Lousada e volta.

Dado o traçado desta carreira e se for com horários convenientes estamos convictos que irá beneficiar grandemente os alunos daquele estabelecimento de ensino.

Igualmente, sabemos que há uma outra Empresa interessada em estabelecer novas carreiras confluentes para Penafiel.

Aguardemos o que possa vir a acontecer, mas uma coisa é certa: A nossa campanha está a despertar o maior interesse.

In Jornal “Notícias de Penafiel” de 28 de Julho de 1961



O PROBLEMA DOS TRANSPORTES

Referimos, em edição anterior, a acção desenvolvida pelos Industriais de Camionagem, quanto a carreiras e horários de maneira a servir os futuros alunos da Escola Industrial de Penafiel.

Temos entre mãos, a preparação dum artigo, no qual iremos sugerir mudanças nos horários existentes, novas carreiras e outras modificações.

Entretanto – e em complemento do que dissemos – a Empresa de Transportes Auto-Penafiel, L.ª, requereu a seguinte carreira:

Partida de Penafiel (cidade) às 7,45 com passagem por Penafiel (estação), Sequeiros, Lagoas, Ribas, Lousada, Lagoas, Sequeiros, Penafiel (estação), e Penafiel (cidade), chegada às 8,47.

De tarde, partindo às 17,15 e pelo mesmo itinerário fará o regresso a esta cidade às 18,17 horas.

Esta carreira será diária à excepção de Domingos e Feriados Nacionais.

In jornal “Notícias de Penafiel” de 4 de Agosto de 1961



O CASO DOS TRANSPORTES
PARA A ESCOLA INDUSTRIAL

O inverno chegou e as crianças de longe estão praticamente privadas de qualquer meio de transporte, sendo forçadas a fazê-lo a pé.

Ora, sabemos que uma Empresa desta cidade requereu em 15 de Julho do ano corrente uma circulação – Penafiel, Lousada, Penafiel – e até à presente data, não se sabe se foi ou não concedida.

Atendendo a que se trata de beneficiar muitos alunos da nossa Escola Industrial e ainda porque muitos pais nos têm procurado para nos fazermos eco desta petição, daqui apelamos para a Direcção Geral dos Transportes Terrestres para que este caso seja resolvido com a brevidade necessária.

No entanto, aguardemos…

In Jornal “ Notícias de Penafiel” de 27 de Outubro de 1961


TRANSPORTES PARA A ESCOLA INDUSTRIAL

Sabemos que o pedido para a concessão da carreira Penafiel – Lousada – Penafiel, com horários convenientes para servir os numerosos alunos da Escola Industrial, chegou ao extremo de todas as diligências burocráticas, que é costume efectuar em casos semelhantes. Aguarda-se, apenas, a resolução da entidade que irá decidir, em definitivo, o pedido que a Empresa formulou em 15 de Julho próximo passado.

Entretanto, o ano lectivo começou, os rigores do inverno já se fizeram sentir e os muitos alunos de Lousada e arredores vêem, diariamente, às aulas na Escola Industrial, em precárias condições de transporte.

E por quanto tempo? …

In jornal “Notícias de Penafiel” de 17 de Novembro de 1961



AINDA
OS TRANSPORTES PARA A ESCOLA INDUSTRIAL

Os alunos da Escola Industrial, desde o princípio do ano, privados duma boa rede de transportes colectivos, são enormemente prejudicados com o stato quo das coisas.

Pelas estradas que convergem a Penafiel, principalmente pela estrada que segue para Lousada é vulgar ver-se rapazes, solicitando boleia…

E tudo isto acontece porque a Direcção Geral dos Transportes Terrestres não dá deferimento à pretensão duma Empresa de camionagem da cidade que, oportunamente requereu uma carreira de Penafiel a Lousada (circulação).

O inverno – agora mais rigoroso do que nunca – prejudica aqueles rapazes que andam quase duas dezenas de quilómetros a pé para vir às aulas.

Uma vez mais, voltamos ao assunto, com aquela gravidade de que se reveste, na certeza do deferimento imediato da pretensão daquela empresa.

As coisas como estão vão contra tudo o que há de admirável e, francamente, contámos com uma solução imediata.

É bárbaro o que acontece àqueles pequenos estudantes.

In jornal “Notícias de Penafiel” de 22 de Dezembro de 1961


In jornal “Notícias de Penafiel” de 17 Fevereiro de 1962



A CARREIRA PENAFIEL - LOUSADA - PENAFIEL 
FOI AUTORIZADA

A criação da carreira Penafiel – Lousada – Penafiel, recentemente autorizada é da maior utilidade para os alunos da Escola Industrial, pelas facilidades de transportes que lhes possibilita.

Entretanto, outros trajectos, donde igualmente vêm muitos estudantes da Escola Industrial continuam sem transportes convenientes.

Ao critério, dos concessionários deixamos esta sugestão, na certeza de lhes merecer algum estudo e, consequente, interesse.

In jornal “Notícias de Penafiel” de 16 de Março de 1962





ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL
ALUNO QUE VINHA A PÉ
DE RIO DE MOINHOS PARA A ESCOLA

NOTA
SENHORES!... LEIAM…

As três distinções de justiça que os juristas costumam fazer, nem sempre, na prática, possuem a sua integração e completa actuação.

Não é um protesto contra o progresso e directrizes da sociedade hodierna. É a simples e verídica exposição de uma imanente e imorredoira verdade. Nada de metafísicas. Algo de concreto.

Todas as nossas acções concorrem, directa ou indirectamente, para bem ou mal daqueles que nos rodeiam. A culpa tem sido nossa. Calamos e não dizemos a verdade. Desculpem, amigos leitores. Todos sabem que a juventude contemporânea tem sede de saber. É a base da lei natural.

Possibilidades?... Nem sempre os sorteados, materialmente, são os mais capazes. Nem todos aproveitam ou sabem aproveitar os dons que a pródiga natureza lhes forneceu. Eis um caso ao qual espero perfeita adesão dos penafidelenses. É o seguinte:

Entre os alunos que frequentam a Escola Industrial de Penafiel há um – de Rio de Moinhos – que, por não ter possibilidades materiais de vir na caminheta, faz a pé, por dia, quase 30Kms. Não seria caso para admirar se tal cansaço, esgotamento cerebral e estado neurótico se fizesse sentir nos estudos dessa criança!...

Que obra mais humana e cristã?! … Oxalá que este apelo encontre eco! Desde já os nossos profundos agradecimentos para essas almas boas e generosas que um dia, não sei quando, possam dizer: «se fulano ocupa lugar de destaque na sociedade é devido à minha colaboração».
F.E.
In “Notícias de Penafiel de 16 de Abril de 1965


E os Senhores leram e compreenderam.

Aquele rapazinho que vem de Rio de Moinhos a pé para a Escola Industrial, vai passar a vir na camioneta.

Graças à «Nota» inserta no nosso número passado, os Senhores leram e compreenderam.

Isso enche-nos de satisfação na medida em que temos o grato dever de informar os nossos leitores de que o pobre rapazinho de Rio de Moinhos, aluno do 2º ano da Escola Industrial desta cidade vai deixar de percorrer a pé a distância de cerca de trinta quilómetros diários.

Não se fez esperar muito a satisfação do pedido feito pelo Sr. F.E. na «Nota» acima referida, porquanto, no mesmo dia da saída do Jornal fomos procurados pelo Sr. Justino Ribeiro de Carvalho, Presidenta da Comissão Municipal de Assistência, para que o informássemos qual era o rapazinho para o auxiliar.

O Senhor Doutor Aurélio Tavares, Director da Escola, deu-nos os esclarecimentos necessários e que nós transmitimos ao Sr. Justino Ribeiro de Carvalho que prontamente nos garantiu estar o assunto resolvido.

Senhores!... Leiam…
E os Senhores leram e compreenderam.
  1. Silveira

In “Notícias de Penafiel” de 23 de Abril de 1965

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