sábado, 16 de julho de 2011

PROBLEMAS NOSSOS

PROBLEMAS NOSSOS
ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL


Bendita a hora em que começou a funcionar na nossa terra este estabelecimento de ensino.
Além de proporcionar aos pais as melhores possibilidades de darem a seus filhos um curso que os defenda no futuro, a Escola Industrial tem ainda a grande vantagem de animar extraordinariamente a cidade dando-lhe mais vida e movimento.
Cada ano que passa mais alunos se matriculam o que até certo ponto contribui para tornar acanhadas as respectivas instalações que, como todos sabem, são provisórias, pois o respectivo edifício é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel que o cedeu para esse fim. Houve já necessidade de aumentar o número de salas de aula com a colocação de pavilhões desmontáveis nos terrenos anexos à escola e ocupando-se um outro prédio na Avenida Sacadura Cabral, longe, portanto, para desdobramento dos cursos.
Bom seria que o Governo da Nação, que ao ensino técnico tem dedicado a melhor atenção, deliberasse no sentido de mandar construir sem demora um edifício próprio para a Escola Industrial de Penafiel, bem assim determinasse o funcionamento do curso comercial por todos pedido e desejado e que traria as maiores vantagens a esta região.
Cremos que o assunto está em estudo e, por conseguinte, não podemos deixar de levantar a voz para que a solução venha rápida, pois dela advirão apreciáveis benefícios para Penafiel.
É oportuno referir que a Escola Industrial da nossa terra tem alcançado óptimos resultados graças à superior orientação do seu inteligente director, Dr. Aurélio Tavares, que alia às qualidades de homem digno e honesto, as de grande pedagogo.
Tendo vindo para esta cidade há três ou quatro anos, a ela se afeiçoou de tal forma que frequentemente afirma ser esta terra a da sua paixão, a pontos de estar interessado na construção de uma vivenda perto do Parque do Santuário, local que o prende pelos seus vastos horizontes.
Muito viajado e culto, o Dr. Aurélio Tavares, é estimado por todos, professores, alunos e público, irradiando simpatia sempre que comparece às várias manifestações e realizações locais quando convidado para representar a sua escola.
Faz também parte da Comissão Municipal de Cultura, à qual presta a melhor colaboração.
Temos contactado inúmeras vezes com ele e sempre que o fazemos fica-nos a convicção de estarmos em presença de uma pessoa incapaz de prejudicar seja quem for, antes se revelando amigo do seu amigo, justo e compreensivo na maneira de tratar.
Nesta nossa crónica sobre a Escola Industrial de Penafiel impunha-se-nos a obrigação de falar no seu querido Director que não sendo penafidelense de nascimento é-o já pelo coração, como sobejamente o tem demonstrado.
Rendemos-lhe a nossa sincera homenagem nesta hora, agradecendo-lhe tudo quanto há feito para tornar grande o estabelecimento de ensino que proficientemente dirige, pedindo-lhe, com o maior empenho, que continue como até aqui nessa ronda tão admirável de prestigiar e defender esta terra de Penafiel que já tomou lugar no seu coração Diamantino. Voltando ao assunto da Escola Industrial da nossa terra, fica também aqui novo apelo ao Governo para que sem demora mande executar a obra de construção do edifício há muito apetecido e desejado.
A nossa terra pode não ser grande em extensão, como muitos afirmam, mas pelo menos tem a virtude de, desde a primeira hora da Revolução Nacional estar ao lado de SALAZAR e do seu Governo.
Justo é, pois, que se atenda um pedido que afinal representa uma necessidade premente.
In jornal “O Tempo” de 2 de Outubro de 1966

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