domingo, 31 de julho de 2011

SARAU DOS FINALISTAS - 1969

Cartaz gentilmente cedido pelo professor José Luís da Costa Rodrigues de Oliveira

DUAS MANEIRAS DE RELATAR O SARAU



SARAU DOS FINALISTAS DA ESCOLA INDUSTRIAL
17 de Maio de 1969

Momentos honrosos e de prestigio uma vez mais arrecadados para a Escola Industrial de Penafiel. Estes soaram no Cine-Teatro S. Martinho na realização dos Finalistas, levado a cabo no dia 17 de Maio de 1969, pelas 21 e 30, assistindo várias individualidades desta cidade, assim como o corpo docente e alunos desta digna Escola.

Com um enchente pouco vulgar a festa iniciou-se com a engraçada comédia “O morto vivo” emoldurada pelos sumptuosos cenários, mas que devido a uma anomalia sonora esta não pode chegar a todo o público em condições normais, tendo-se este apercebido do facto e reagiu da melhor forma.

Surge o intervalo. É representada a peça teatral de carácter religioso “Rosas todo o ano” do nosso dramaturgo Júlio Dantas, tendo sido bastante aplaudida.

Seguem-se recitações Poéticas de Florbela Espanca e Antero de Quental a que o público duma maneira geral culto reagiu e bateu palmas. Decorrendo a festa até esse momento, num ambiente um bocadinho monótono, surge este mais vivo com uns solos de acordeão, muito bem interpretado por dois jovens aos quais toda a gente manifestou inteiro agrado. Mais alegre continua o espectáculo agora com o folclore, interpretando as danças regionais, que tiveram uma formidável actuação. Acabadas estas, seguiu-se a crítica à cidade em que relembram pormenores de grande interesse que os espectadores aplaudiram. Mais poesia é recitada, esta agora do saudoso Teixeira de Pascoais.

Passam ao palco em ritmo Catckchok, o famoso bailado Eslavo. Acabados estes bons momentos de musicalidade ouvimos o telejornal com as suas cómicas piadas.

A finalizar este espectáculo surge o momento mais cobiçado e agradável da Juventude, manifestando-se em grande aplauso com apresentação em palco do Conjunto “Os Mini Boys” que, com a sua música, ao ritmo actual souberam muitíssimo bem acompanhar as canções de alguns jovens que muito abrilhantaram a festa com as suas qualidades vocais criando um ambiente emocional à sensibilidade de cada jovem.

Concluídas as variedades. Os Nosso Ex.mo Director, juntamente com os finalistas deram por terminada a festa, agradecendo a estes e a quantos estavam presentes.

Como, é óbvio, destas festas escolares nunca podemos exigir muito mais.
Secção Cultural da Escola Industrial
Adão A. R. P. da Silva
In jornal “O Tempo” de 25 de Maio de 1969







SARAU DOS FINALISTAS
DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL

Como já vem sendo habitual aos olhos dos penafidelenses, realizou-se mais uma vez com acentuado êxito um brilhante e novo espectáculo ao qual todos os penafidelenses deram o seu apoio e adesão.
Cerca das 21,30 horas do dia 17 do corrente mês, já o Cine-Teatro S. Martinho registava grande assistência ansiosa pelo começo do espectáculo. Para o iniciar teve a presença do Sr. Subdirector desta escola que fez reviver em todos o passado e presente desta tão nobre escola.
Apagaram-se as luzes da Ribalta e apareceu em cena um grupo de jovens finalistas representando a peça «Dois mortos Vivos», à qual deram todo o melhor amadorismo. Muitos aplausos para a boa actuação destes rapazes.
Estava finda a primeira das 3 partes.
Após um pequeno intervalo, e a vez das finalistas representarem o drama de Júlio Dantas «Rosas todo o ano» a que seguiu a recitação de poesias de Florbela Espanca e Antero de Quental por duas jovens finalistas.
Surge o momento mais alegre com um grupo folclórico de rapazes e raparigas, que exibiram três números, que muito agradaram ao público que enchia por completo a sala de espectáculos.
Em prosseguimento, surge a dança eslava por jovens finalistas.
Para finalizar esta II parte, e como já vem sendo habitual, aparece a crítica à cidade.
Após novo intervalo para começar a III parte e última dedicada exclusivamente às variedades. Começa com leitura do noticiário crítico, com boletim meteorológico. Nesta última parte é de salientar a actuação do conjunto “Os Mini Boys” que mais uma vez souberam fazer vibrar, quantos os jovens que faziam parte da assistência. Moços e moças interpretaram canções alegres e vibrantes e o fim da festa aproxima-se.
Subiram ao palco todas as finalistas, que após um comovente discurso do Ex.mo Sr. Director da E.I.P., foram saudadas pelo público e pelo mesmo. Abraços, ramos de flores e lágrimas no rosto finalizaram este espectáculo.
Secção Cultural da Escola Industrial de Penafiel
José Carlos Mendes Pinto
In jornal "O Penafidelense"de 27 de Maio de 1969

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